MIGUEL MARQUÊS

»BF22

CELEIRO DA PATRIARCAL

12 de nov’22 a 15 de jan’23

FINALISTA Prémio Bienal de Fotografia

MIGUEL MARQUÊS

SALTEI UMA VEDAÇÃO EM DIREÇÃO A UM LABIRINTO

“Saltei uma vedação em direção a um labirinto” é o projeto de Miguel Marquês, interessado no deambular por territórios semi domados pela mão humana, numa deriva que o leva em caminhos circulares, beco sem saída, por trilhos onde a erva já não cresce, limitados por vegetações densas e barreiras feitas de madeira e de metal, próprias de quem quer limitar espaços e sentir-se mais seguro, apropriando-se de terrenos de todos, mas que se fazem privados por quem lá dedicou tempo.

“Ergui a cabana neste terreno, um primo meu tinha dito que aqui a terra é boa e juntei-me a ele, vim eu e mais uns quantos de Ponte de Lima viver para aqui há quarenta anos para construir uns quantos prédios (…) Às vezes esqueço-me que vivo na cidade, se não fosse o barrulho do comboio a passar de meia em meia hora só se ouviria os pássaros a cantarolar.”

É assim que começa um dos contos que Miguel vai escrevendo no seu diário, de forma a poder rever o que vai sentindo por onde passa e com que vai falando. As fotografias mostram por um lado, paisagens em tons de cinzento que mostram de uma forma clara e sóbria o território por onde está a pisar, mas ao entrar cada vez mais fundo nestes caminhos, encontramos imagens que se mostram sombrias, com uma densidade de pretos e brancos muito elevadas, onde deixamos de ter uma referência espacial e que nos deixa incertos do que estamos a olhar.

SALTEI UMA VEDAÇÃO EM DIREÇÃO A UM LABIRINTO

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