Em suspenso, observamos os movimentos que se estabelecem na imagem e entre as imagens. Pensamos, assim, a imagem num sentido lato, enquanto aparição, revelação, tendo em conta os seus múltiplos circuitos e conexões; pensamos também esta imagem, num sentido mais específico, no seu dentro e no seu fora.
Tentamos perceber as orlas das imagens, mesmo quando o caminho deixa de ser visível ou legível: procuramos averiguar em que medida elas solicitam os próprios limites dos nossos sentidos. Percebemos então como o intervalo evidencia movimentos de diferenciação e de ausência de centro, de multiplicação de focos e perspetivas, de impossibilidade da forma, suspendendo a lógica para o aparecimento de novas ordens, sempre outras, sempre em movimento.
Superfícies que se dobram e desdobram equivocando aparência e profundidade.