CELEIRO DA PATRIARCAL
FINALISTA Prémio Bienal de Fotografia
Esta série de imagens decorre de saídas de campo regulares, realizadas entre 2020 e 2022, tendo o estuário do Tejo como local de investigação.
Independentemente dos meses e das estações do ano, são evidentes, neste território, os crescentes sinais de aridez e de transformação de uma paisagem, outrora húmida, quase ao longo de todo o ano.
A escassez de água, e as alterações na aparência e vegetação das margens do rio, são manifestadas, neste trabalho, como vestígios daquilo que já existe e de um futuro por vir.
Este ecossistema não é aqui representado de uma forma unicamente documental, importando
sobretudo a dimensão psicológica, crítica e simbólica da relação entre Tempo, Homem e Natureza, no fluxo das alterações climáticas e consequente transformação dos ecossistemas presentes no antropoceno.
Esta crise, esta “sede da terra”, cuja parte mais visível será a ecológica, revela também uma profunda tensão epistemológica e ontológica, que denota o afastamento de uma conceção da vida na terra como um todo indivisível e indissociável, no qual todas as partes estão ligadas, dependendo absolutamente umas das outras.
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