CELEIRO DA PATRIARCAL
VENCEDOR PRÉMIO TAUROMAQUIA
As origens da relação entre o Homem e o touro perdem-se na História. As gravuras rupestres do Paleolítico Superior encontradas em Altamira, (Espanha 35 000 – 11 000 a.C.) Foz Côa,
(Portugal 18 000 – 15 000 a.C.) e Lascaux,
(França 15 000 – 13 000 a.C.) são prova disso, e expressam a admiração e veneração do Homem pelo animal. Visto como símbolo de fertilidade e virilidade, alvo de cultos religiosos, o touro foi sempre entendido como um animal místico. Esta relação manifestou-se nas mais diversas sociedades mediterrânicas e do Médio Oriente, como podemos ver na “Epopeia de Gilgamesh”, e nos mitos da antiguidade grega como o Minotauro e o rapto de Europa.
Penetrando na Tauromaquia Portuguesa, cuja referência escrita conhecida mais antiga data de 1258, e que hoje é alvo de críticas e tentativas de extinção por parte de alguns partidos políticos e organizações defensoras dos direitos dos animais, este corpo de trabalho propõe uma reflexão sobre a necessidade, ou não, de transmutações nos universos simbólicos desta manifestação cultural.
Nesta série de retratos, convoco o rosto como definidor de um espaço de ação imagética e emotiva, que apela à contemplação do observador, propondo-lhe a sua própria construção narrativa, e, simultaneamente, convidando-o a dar uma interpretação psicológica a cada indivíduo representado.
Todos os retratos foram realizados o mais depressa possível – entre sete e onze minutos – após a pega de caras.
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